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Em nossos dias o costume é proferir todas as bênçãos conforme aparecem nos sidurim, e na sinagoga, sendo que a maioria nem sequer pensa no motivo das bênçãos, quanto mais se usam o turbante, que era distintivo especial dos sábios de Torá, conforme aparece na gemará e nos escritos dos geonim da Babilônia. Mesmo assim, quase todos hoje em dia como "robots" proferem todas estas bênçãos, incluindo sem sequer parar um pouco para pensar no prejuízo que se lhes causa o que é costumeiro e cotidiano.

O próprio Rabi Iossef Caro no Chulĥan 'Arukh lembra o problema, trazendo em um lugar como deve ser feito, e em outro, lembrando o péssimo costume vigente. O público rabínico já se esquecera do método comum dos grandes rabinos sefarditas do passado de dizer "nahagu" ("acostumaram-se") com o sentido de "é necessário corrigir", aplicando para o escrito a compreensão adquirida dos rabinos do passado no leste europeu que, quando diziam "nahagu" queriam dizer que assim é a halakhá.

Assim, chegaram a inventar inclusive a prece "Modê aní" como que para suprir o que nos foi ordenado pelos Sábios no Talmud (Trt. Berakhôt pg 60), que disseram claramente qual a ordem certa para as bênçãos desde o despertar, e nada lembraram de problema acerca de impureza das mãos. Muito pelo contário, o Sábio talmúdico ben-Batêra foi claro ao dizer que "palavras de Torá não podem ser atingidas pela impureza", e quanto mais bênçãos.

Isto sem contar que Rabi Iossef Caro mesmo disse: "Se a pessoa teme pela impureza das mãos que esfregue suas mãos nos lençóis..."

A importância de cumprirmos a Torá conforme ela é faz-se, portanto, maior; e quem tem cérebro, lembre-se que ele foi dádiva de Deus para O servir.

O tradutor assume toda a responsabilidade pelo escrito acima, baseado na Torá e nos escritos dos Sábios, talmúdicos e gaônicos. Pode-se escrever para:

J. de Oliveira

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