Voltar

| As Sete Leis de Deus à humanidade |


Pergunta: Há três anos, mais ou menos, principiei um novo caminho em minha vida: tornei à prática da Torá, através de certa

Resposta:

Como quase tudo no mundo, depende da ótica. As pessoas às vezes dificultam-se na observação de posições ou formas de cultura, variando segundo a época e a cultura na qual crescera. Portanto, uma pessoa pode dizer que o judaísmo é "machismo", mesmo sendo tal afirmativa oriunda de alguém de sexo masculino e de mentalidade "progressiva". Pode ser também afirmativa oposta, oriunda de uma mulher que chegou à compreensão de diversas leis no judaísmo que se põem em defesa da mulher.

Contudo, hoje em dia se perguntamos a um progressista o que pensa da Grécia antiga, este dirá ser um exemplo para nossos dias. O progresso no campo da matemática, da filosofia, da arte, dos esportes, e muitos outros, não deixa campo de dúvidas. Depende de onde se posiciona o observador, pois ao inquirirmos a mesma pessoa no que concerne ao campo ético e moral, ainda não deixará sua resposta, até que a pergunta seja tão direta a ponto de requerer sua forma de pensar acerca da acepção do termo "&#gape" ("amor gratuito", ou "sem esperança de frutos"), termo que mais tarde tomara novas acepções no cristianismo, então logicamente se retrairá e buscará evasivas para a resposta. "Ápe" era o termo designativo para o amor entre duas pessoas de mesmo sexo na cultura helênica, e uma das propriedades comuns e "progressistas" desta cultura, era a aquisiço de escravos jovens, ainda meninos, para fins sexuais. Os grandes sábios helênicos praticavam isto "normalmente", e segundo a lei javânica.

Em outras palavras, o problema é que sempre somos nós, os seres humanos, que queremos decidir o que é certo ou errado, o que é bom ou o que é mal, o que é moral e o que não é. Assim, tais coisas variam segundo a geração e segundo a cultura.

Muitos rabinos em nossos dias buscam explanar às mulheres que "devido à mulher haver sido criada a partir de um ente já criado, esta é mais elevada no campo espiritual, pelo que não precisam estudar Torá. " Já que não podem, não bendizem tampouco, pois somente bendizemos sobre o que somos ordenados. o homem, por ser feito diretamente da terra, é materialista, e mais preso às coisas terrenas. Para elevar-se precisa do estudo da Torá. A nosso ver, rabinos estes carecem de honestidade mais que de sabedoria, pois de que serve trazer "evasivas filosóficas" para as pessoas, para deixá-las contentes, sem que nem sequer a nós mesmos isto convence? Assim como o homem ao morrer torna ao pó da terra, assim também a mulher. Ou seja, em outras palavras, ambos foram criados do pó: um diretamente, e outro indiretamente.

O mesmo se dá em concernência à natureza espiritual de ambos: os cabalistas explanam serem os seres diferentes em sua natureza imaterial, havendo diferença entre o judeu e o não judeu, sendo o convertido ao judaísmo uma "alma judaica que nascera de um ventre não judaico por motivo de reencarnação", uma espécie de "carma" para que tenha que passar pela dificuldade que há em converter-se à nossa fé. Assim, entre a mulher e o homem também há diferença, sendo a alma masculina procedente do "lado direito" no plano espiritual, e o da mulher do "lado esquerdo", o que explica as diferenças naturais entre eles.

Nós, porém, discípulos de Rabi Mochê ben Maimon, não podemos admitir que hajam distinções assim. O judeu e o não judeu em nada diferem, senão na circuncisão e no pacto. Suas almas são iguais, e procedem do mesmo Criador. Tanto um como outro são descendentes de Adão e Noé, e somos chamados "filhos de Abraham" devido ao pacto que nos separou dos demais. Diferenças, não hà.

Assim, as diferenças emocionais ou até mesmo mentais entre homens e mulheres se dão no plano físico devido ao hormônios, e nada mais que isto. No que concerne aos deveres e direitos de cada um no que concerne ao cumprimento da Torá, não significa que um esteja em maior posição que o outro, senão que todos estamos submetidos ao que nos ordenou, segundo o que nos ordenou, e segundo as capacidades que nos dotou ao criar-nos. Não pode-se esperar que uma mulher consiga realizar certos feitos que somente homens conseguem realizar, assim como não pode-se pretender que um homem possa suportar um ente crescendo em seu ventre por nove meses, sem contar com as dores do parto. Em suma, Deus quisera criar a ambos diferentes, para o bem de toda a criação, e Ele, Bendito é Ele, não precisa perguntar a ninguém como e o que fazer, ou ordenar.

Assim, não faltam judeus que gostariam de haver nascido "cohanim" (sacerdotes da casta dos filhos de Aharon, os únicos que podem efetuar todo o trabalho sagrado do Templo), ao verem os "cohanim" serem chamados à leitura da Torá em primeiro lugar na sinagoga, e muitos "cohanim" gostariam de não haver nascido como tais, ao depararem na vida com um carinho ou atração especial por uma mulher convertida ao judaísmo, por alguma divorciada, ou mais alguns casos similares.

Porém, o que devemos entender é que nada destas coisas dependem de nós, e que destas coisas depende a boa ordem da criação e da humanidade por suas gerações.

Mulher não pode julgar em juízos da Torá. O fato deveria ser simples e compreensível para as próprias mulheres que para os homens: o período menstrual atinge a mulher em todas suas emoções a cada mês! Seus hormônios deixam-na instável a qualquer ocorrência que envolva o campo emocional. Sua característica maternal, acaso, não poderia entornar o julgamento para um dos lados, levando em conta todos estes pormenores? Para que responder "filosoficamente", como "sendo a mulher mais elevada espiritualmente", ou pelo estilo? Toda mulher inteligente admitiria estas palavras acima por simples questão de lógica! Mas, em comunidades judaicas onde o moço se mantém estudando, sem ocupar-se do trabalho e da manutenção familiar, é lógico que precisa de evasivas para aquela que mantém o lar, ou com quem se casou pelo dote de seu pai.

Portanto, filha, somos como Deus quiz, e Ele nos ordenou o que quiz, e segundo quiz, para o bem da humanidade. A mulher é obrigada a honrar e a servir a seu esposo como um vassalo a seu rei, e o homem está ordenado com algo ainda mais difícil de se cumprir: deve amá-la e procurar seu bem estar mais que o seu próprio.

Segundo suas capacidades naturais, segundo suas tendências naturais, e visando o bem de toda a humanidade, o Todo Poderoso que a todos conhece bem assim ordenara.

Se observarmos a nossa volta o que causa o movimento feminista no mundo, podemos perceber o seguinte: a) a influência do cônjuge sobre os governantes, causa de muitas guerras desnecessárias, e b) o aumento da tendência homossexual devido à busca do filho de copiar ao que lhe parece "forte e compreensivo" em casa, e da filha por sua tendência maternal que lhe é peculiar, de querer ser como seu pai por simples pena de sua posição. Em famílias normais e "antiquadas" tais tendências são mais raras.

Os preceitos foram dados por Deus segundo o que viu e decidiu Ele, como Criador e Soberano. Aos levitas e demais israelitas, é proibido efetuar ordenanças dadas aos cohanim especialmente, assim como estes estão por seu turno proibidos de cumprir com ordenanças particulares somente ao "cohen gadol" (sumo sacerdote hebreu).

Assim, diversos preceitos dados a israelitas não podem ser feitos por gentios, e não por serem diferentes, senão porquê assim foi decidido por Deus. O mesmo concernente a homens e mulheres.

Deixemos que Deus e Suas ordenanças tomem conta do mundo, submetendo-nos a Ele, pois a cada vez que a humanidade quiz decidir o que é "moral" e o que é "progressivo" ou quiseram seguir suas próprias "culturas", o mundo desandou, e disto somente vemos prejuízo.

Cada um cumpra suas obrigações, segundo o que Deus ordenou, sem sentirem-se diminuídos, e tudo irá bem.

R. J. de Oliveira

Voltar

| As Sete Leis de Deus à humanidade |