Tido como o maior dentre os rabinos espanhóis na geração que precedeu o edito da expulsão dos judeus da Espanha, foi por sua grandeza chamado "El gaon de Castilla". Encabeçou um tribunal rabínico (Iechibá) como aquele que existiu em Lucena nos dias de r. Itsĥaq Alfassi, a exemplo do gaonato babilônico, composto de setenta e um rabinos.

Entre seus principais e mais conhecidos alunos, acham-se o segundo rabi Isaac Aboab (avô do primeiro rabino a servir em terras brasileiras, o famoso rabino Isaac Aboab da Fonseca). rabi Isaac de León e rabi Samuel Valenciano.

R. Isaac Campantón escrevera o livro "Darkê ha-Gemará" - livro conciso - tanto assim, que um leitor comum acostumado a estudos de temas simples, que não envolvam Talmud, ou filosofia antiga, ao vê-lo não tem como avaliar o conteúdo. À vista do leitor leigo, o livro parece extremamente simples; um verdadeiro conhecedor dos semi-ínvios sendeiros talmúdicos, porém, perceberá, e saberá dar-lhe seu veraz valor!

O livro citado foi impresso gerações após gerações desde então (também em nossos dias!), devido à contribuição que dá ao estudo talmúdico. Mesmo as escolas talmúdicas que ensinam por métodos diferentes, como os inventados nos países europeus, utilizam-no, devido à minúcia que há nele. Se muitos não deixaram seus métodos para predispor-se somente a seu uso, dá-se isto à não difusão do conhecimento filosófico entre os judeus europeus, e de suas regras de racionalismo. Assim, como muitas outras obras sefartitas originais, os únicos que atingem a verdadeira compreensão do que pretende o rabino espanhol ou português daqueles anos, em nossos dias. são geral e mormente em nossos dias intelectuais da classe univesitária, que geralmente o conhecimento só lhes vem para o nome e para o aparecer-se perante o público. Nada interiorizado.