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Os Grandes Filhos da Nação: |
"Achkar" significa "vermelho" em árabe, e a primeira partícula "al" equivale ao artigo "o" em língua portuguesa. O primeiro com este sobrenome foi Samuel Ibn-al-Achkar (lit.: "filho do avermelhado"), honrado médico em Sevilha no séc. XIV.
Rabi Mochê ben-Ishaq Al-Achkar foi legislador halákhico, exímio talmudista e poeta, nascido no ano 1466, falecido em 1542. O local exato de seu nascimento é duvidoso, mas sabe-se que ainda em sua juventude encontrava-se na cidade de Samora, sendo seu principal instrutor o rabino Samuel Valenciano.
No ano da expulsão (1492), durante sua fuga foi aprisionado por malfeitores, logrando escapar a perigos mortais, chegando à Tunísia, onde viveu por aproximadamente 18 anos.
No ano 1510 estava em Trabels, cidade portenha do norte-africano. Caindo esta cidade em mãos dos cristãos, muitos judeus foram aprisisonados e torturados, e Rabi Al-Achkar conseguiu escapar do local entre os demais que lograram fugir a tempo, chegando à cidade de Patros, na Grécia.
Em sua velhice, dirigiu-se para Jerusalém, durante os últimos anos de vida de Rabi Ya'aqob be-Rab.
Suas obras:Livro de perguntas e respostas em assuntos concernentes à halakhá, cujos "simanim" (capítulos) testificam acerca de sua forma de pensar e relação à Torá e à forma apropriada de manter seu cumprimento, por exemplo - na resposta 54, onde dirige palavras duras contra um rabino de sua época que tentava inculcar ao povo a compreensão errônea de que "todo rabino de qualquer geração pode legislar e renovar leis, segundo o que está trazido nos escritos gaônicos: "a halakhá é de acordo com os últimos" - (inculcar - especialmente aos sefarditas, pois os achkenazitas há muito já haviam aderido ao modo de pensar) desfazendo-se do fato de que os próprios gueonim citaram a regra como sendo relacionada aos útimos do Talmud, que o selaram.
Em outra resposta, sai em defesa dos escritos de Rabi Mochê ben-Maimon, contra certo livro que escrevera certo rabino chamado Chem Tob ben-Chem Tob, intitulado "O Livro das Crenças" (Sêfer ha-Emunôt), e em sua resposta sobre as afirmações do dito rabino, diz: "Melhor lhe seria que não tivesse nascido, ou que se jogasse sua placenta ao nascer sobre seu próprio rosto, evitando que chegasse a escrever palavras assim sobre quem foi o sustentáculo do mundo, ..."
Compilou ainda mais dois grandes livros, intitulados "Êben Chemuel" e "Geon Ia'aqôb".
Ademais, compilou vários poemas sacros, como por exemplo o conhecido "Adon ha-Kol" que no oriente e especialmente na Terra de Israel é costume entre os judeus de origem local cantar antes do poema "Adon 'Olam" que sucede as orações de Sábado, ou que precede as súplicas de cada dia.
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