Michnê Torá de Rabi Mochê ben-Maimon

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Grandes Figuras do Judaísmo Hispano-Português

Os Grandes Filhos da Nação:

| Rabi Salomão ibn-Verga|

Dos sábios sefarditas da época da expulsão e primórdios da inquisição católica em território espanhol, tinha sua origem em uma antiga e honrosa família de sábios e ricos. Em 1487, cinco anos antes da expulsão da Espanha - ao ser conquistada Málaga e suprimida aos reis muçulmanos pelos católicos norte-espanhol (realidades que o ocidente insiste em ocultar dos alunos nas escolas juvenis, especialmente nos países latinos católicos - todo o meridiano espanhol era característicamente muçulmano, sem que se trate de uma "reconquista" espanhola, senão de um massacre e luta de conquista promovida pela política religiosa bélica católica contra a presença anti-idolátrica na Iberia - e, tais eram os muçulmanos e os judeus, as duas fés monoteístas), com o massacre dos mouros por estes, e a tomada de seu domínio e liberdade (nacional, político, religioso, idiomático e cultural) - foi enviado Rabi Salomão pelas comunidades espanholas para arrecadamento de valor pecuniário que pudesse libertar os reféns hebreus em Málaga, libertando-os das prisões espanholas de conquista. O próprio rei espanhol dera-lhe um documento assinado pelo punho do rei selado com o selo do trono, reconhecendo sua nomeação.

Também esteve entre os expulsos da Espanha que chegaram a Portugal e, quando alguns anussim tiveram permissão de sair do reino português, dirigira-se para a Itália. Vinte anos após a expulsão dos judeus da Espanha - escreveu seu livro "Chêbet Iehudá" ("Tribo de Judá"), no qual relata sucintamente acerca da presença judaica na Espanha desde os primórdios dela, de como chegaram na época da desolar da Terra de Israel pelos romanos 50.000 judeus ao território espanhol - dos quais quarenta mil eram de Judá e dez mil de Benjamin - entre eles, levitas e cohanim, após o que passa a falar dos acontecimentos contra cada comunidade, como promoviam os cristãos suas acusaçães mendazes antijudaicas, fomentando as turbas ao massacre, até chegar à expulsão, e ao batismo compulsório. Seu livro tem não só valor histórico, como religioso, servindo de fonte de fée arrependimento para o retorno aos caminhos do cumprimento da Torá.

Ademais, cabe dizer que escrever sobre uma pessoa que viveu na época da expulsão há muito o que escrever - mas logicamente, tal pessoa só vira desgraças e destruições durante toda sua vida, sobre os mesmos também cuida de relatar em sua obra.


Michnê Torá de Rabi Mochê ben-Maimon

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