Michnê Torá de Rabi Mochê ben-Maimon

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Grandes Figuras do Judaísmo Hispano-Português

Os Grandes Filhos da Nação:

Rabi Judá Rozanes

No século quinto do sexto milênio, entre os maiores sábios da Turquia, destaca-se a pessoa de Rabi Iehudá, de cuja autoria é o famoso escrito "Michnê la-Mêlekh", explicativo e defensivo sobre o Rambam (Esclarecimento: Alguns "sábios" atacaram o Rambam em nome de outros, enquanto que alguns escreveram cartas em nome de outros, como se estes estivessem respondendo a "perguntas" do rambam, no intento de diminuir o prestígio deste grande sábio. Felizmente, as pessoas que fizeram tais atos efetuaram-nos tão desastradamente, que qualquer pessoa que recém principiou a estudar Torá pode perceber. Um, por exemplo, fizera como se a carta houvesse sido escrita num período que se sabe que o Rambam já não podia escrever).

Michnê la-Mêlekh - "vice-rei", ou "substituto do rei..."
- POR QUE ESSE NOME?

Depois que R. David ben Zimerá escrevera seu famoso escrito sobre o Rambam, especialmente em sua defesa, visto que era uma guerra "nos altos", somente perceptível aos sábios, os quais nem sequer podiam abrir suas bocas para não trazer o prejuízo aos simples do povo,vira rabi Iehudá necessidade de aumentar tal égide em todo lugar possível, especialmente onde parecera-lhe que o "Rei" (ha-Mêlekh ha-Magid, escrito por Rabi David citado acima, não conseguira ).

Rabi Iehudá seguira ainda na Turquia, onde vivia, o costume já vigente em seus dias entre os forçados pela inquisição, casando-se com a filha de um familiar, R. Abraham Rozanes. Seu instrutor foi o grande sábio Rabi Samuel ha-Levi. Rabi Iehudá servira como rabino em Constantina, e foi o maioral dos rabinos da Turquia em sua geração. Os livros que lhe deram nome enexecrável no meio rabënico para sempre, Não tiveram sua anuência para que fossem publicados, devido a sua personalidade humilde. Pouco antes de seu falecimento, seus alunos reuniram seus escritos e, logo após seu falecimento, foram impressos através de um de seus discípulos, R. Iaaqob Kuli.

Seu principal livro, "Michnê la-Mêlekh", foi escrito como complemento ao livro "Ha-Mêlekh ha-Magid", que foi escrito como escudo contra os diversos ataques contra o Rabi Mochê ben-maimon, buscando mostrar onde encontram-se suas fontes, e onde está sua razão. Na verdade, escrevera para si próprio, \ como costumam escrever ainda hoje em seus cadernos cada aluno de iechivá cada coisa que sente ser importante anotar, para não cair no oblívio. Não tinha intenção que seu livro fosse impresso, devido à humildade que era-lhe parte inseparável de sua personalidade, como é comum aos verdadeiros sábios que não percebem a grandiosidade de seus próprios trabalhos. Este seu livro conserva-se sendo impresso em conjunto com a impressão do próprio Michnê Torá, ou seja, formando um único livro juntamente com o livro Ha-Mêlekh ha-Magid, já citado, e o livro "Kêssef Michnê", de Rabi Iossef Caro, tal e qual encontra-se a exegese de Rabi Chelomo Istshaqi ("Rachi") hoje no Talmud, como se sempre houvera estado ali. Infelizmente para os defensores da verdade, o texto do Michnê Torá foi transformado pelas gerações, e parece que mais por rabinos do que propriamente pela censura católica-romana, sendo que a todo o que venha estudar este livro hoje, aconselha-se que o faça a partir de manuscritos.

Outro livro importante que escrevera: "Parachat Derakhim", escrito rimado sobre os preceitos, a halakhá e os escritos alegóricos isocronamente, ao qual foi anexado o escrito "Dêrekh Mitsvotêkha", acerca dos preceitos segundo a contagem do Rambam (Rabi Mochê ben-Maimon), do Ramban (Rabi Mochê ben-Naĥman), do Sama"g (Sêfer Mitsvôt Gadol), com críticas sobre o livro de Rabi Iehudá Ĥassid, chamado "Sêfer ha-Ĥinukh".

Rabi Rozanes foi tido como um dos gênios da halakhá do judaísmo sefardita e oriental nas últimas gerações (após o Chulĥan 'Arukh), e após ele acentuara-se e sente-se até hoje a decadência entre os sefarditas cada vez mais, sendo que nas últimas décadas chegaram mesmo a perder sua identidade, vestindo-se como seus irmãos da Europa, deixando suas madeixas crescerem ou outros pormenores similares, desaparecendo totalmente em sentido cultural, religioso e halakhá, acentuando-se este último devido a determinados rabinos que tomaram para si todo o método de "complicar e emaranhar o estudo para enfeitá-lo", à moda dos israelitas do leste-europeu, perdendo toda a beleza da simplicidade e retidão de pensamento e lógica que, no passado, foi nossa "marca registrada" como sefarditas.

Rabi Rozanes falecera no dia último da festa de Pêssaĥ de 1727.


Michnê Torá de Rabi Mochê ben-Maimon

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