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Os Grandes Filhos da Nação: |
Considerado um dos maiorais dentre os sábios
judeus-espanhóis no princípio
do sexto milênio (calendário hebraico).
Natural da cidade de Barcelona, tem origens numa família
que possuía "cartas de origens" até o
período bíblico ("megilat iuĥassin"),
pertencente à importante família levítica
de "nessiím" (plural de
"nassi")
chamada "Benveniste"
na quinta geração após
Rabi Zeraĥiah ha-Levi, de
quem era descendente direto, costumava assinar assim:
"Aharon ben Rabi Iossef, ben Rabi Benveniste, ben Rabi Iossef, ben Rabi Zeraĥiá ha-Levi". Sua origem materna remonta ao sábio provençal Rabi Ascher ben-Rabi Mechulam (ha-Roch de lunèlle).
Foi colega e concidadão do famoso "Rachba"
(Rabi Chelomo ben-Adêret). Ambos eram alunos
precípuos do Ramban (Rabi Mochê ben-NaΛman)
e ambos ensinaram Torá em Barcelona. Em vࢱrias
ocasiões responderam em conjunto
a perguntas de halakhá, sendo as responsas nestes casos assinadas
por ambos.
O "Ritba" (Rabi Abraham Achbili,
"Ritva", conforme os asquenazitas)
foi seu aluno, bem como aluno do Rachbá.
Além de haver sido aluno do Ramban,
estudou também aos pés de Rabi Pinĥas ha-Levi
e outros mestres de renome. Dos acontecimentos particulares de sua vida,
sabe-se muito pouco. Não sabe-se a data exata de seu nascimento,
tampouco há como precisar seu falecimento.
Segundo o livro ha-Iuĥassin, falecera Rabi Aharon em Toletola,
no ano 5053 (1293). Porém, de acordo com outras fontes, veio rabi Aharon
para Toletola em 1286, e serviu nela como rabino somente por pouco tempo,
regressando após para sua cidade (Barcelona). Após,
dirigira-se para o meridiano francês, (Provença) para Montpelière,
e no ano 1300 ainda achava-se vivo e ensinava Torá. (Prefácio do Meiri sobre o tratado Aôt).
Rabi Aharon ha-Levi escrevera diversos livros, e de seus
comentários sobre o Talmud somente chegaram a nossas mãos o que
fizera sobre os Tratados Ketubôt e Betzá.
Escrevera também sobre o
comentário legislativo de Rabi Itshaq alfassi
a pedido de seu sobrinho (Rabi Iehochú'a ben-Rabi Pinĥas ha-Levi)
que por suas diversas ocupações,
era-lhe escasso o tempo para o estudo talmúdico.
Porém, também destes se nos restaram somente os tratados
Berakhôt e Ta'anit (Pequdat ha-Leviím).
Escrevera sobre o livro "Torat ha-Báit" do Rachbá
uma obra crítica, que chamou de "Bêdeq ha-Báit",
na qual corrige trechos que segundo seu parecer não foram corretamente
concluídos por Rabi Salomão ben-Adêret.
Este escrevera uma responsa não-firmada, como se fosse uma terceira pessoa,
respondendo a cada trecho acerca dos quais Rabi Aharon se referiu em seu escrito,
somente mais tarde tornara-se público que o próprio Rachbá
escrevera essa compilação defensiva de seu livro.
Erroneamente, é comum o pensar que o livro "Ĥinukh"
foi escrito por Rabi Aharon, e o motivo é que o
autor - além de seu contemporâneo -
era também levita,
e assinara sua obra simplesmente com as palavras "um homem judeu da tribo de Levi, de Barcelona".
Os descendentes de Rabi Aharon espalharam-se
com a expulsão da Espanha em 1492
para diversas Terras, como Portugal, Turquia, Grécia, Marrocos, Itália, Holanda e também às Américas, grande parte como "anussim" (forçados a viverem como católicos pela inquisição católica).
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