Michnê Torá de Rabi Mochê ben-Maimon

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Grandes Figuras do Judaísmo Hispano-Português

Os Grandes Filhos da Nação:

|Don Abraham Benveniste|
(ha-Levi)

Rabino no Reino de castela, ministro do tesouro do Rei castelhano Don Juan II (1406 - 1456), nasceu em 1390 e faleceu antes do ano 1456.

Ele é lembrado no livro "Sêfer ha-Iuĥassin", onde se lê: "Então (nos dias de Rabi Iossef ben Chem tob) devolvera-se a coroa a seu lugar, havendo sido nomeado o rabino pleno em santidade em tudo: Rabi Abraham Benveniste, no ano 5192 (1432), ele fortaleceu a Torá e sustentou seus estudantes, e logrou desfazer muitos chemadôt (palavra que indica massacres que levavam às conversões forçadas)" por seu poder pecuniário..."

No livro "Tribo de Judá" de Ibn-Verga lê-se: "Ele (Don Abraham Benveniste), juntamente com Rabi Iossef ha-Nassi e Rabi Abraham Ibn-Chuchan vieram solicitar do Rei da Espanha que controlasse os ímpetos das turbas que invadiam as judiarias (bairro judeu), tendo em suas bocas mendazes catilinárias de derramamento de sangue executado por judeus na comunidade da cidade de Ecija..."

Rabi Abraham convocara a corte Rabínica espanhola em Valladolid para promulgar decretos que fortalecessem as comunidades e o estudo da Torá e cumprimento da halakhá, angariar dinheiro das comunidades como taxa prescrita para auxiliar as comunidades que já haviam sido vítimas de massacres e também com o intuito de impor uma separação completa daqueles que, por livre alvedrio, optaram pela conversão ao cristianismo, buscando facilitar suas vidas no reino espanhol.

O Ĥakham Benveniste é elogiado no livro "Magen veRomaĥ" de Rabi Ĥaim Ibn-Mussa. Seus filhos, Don Iossef e Don Vidal, sendo muito ricos, perserveraram no caminho de seu pai e, com seu dinheiro, levantaram e sustentaram centros de estudo da Torá.

Seu filho, Don Iehudá, lograra sair da Espanha em 1492, como líer dos exilados para a Turquia, chegando a Salônica, onde se estabeleceu. Dentre seus parentes, os que lograram fugir para o reino vizinho - Portugal - mudaram seu sobrenome no ano 1497 para "de Oliveira", com o batismo compulsório de D. Manuel, que resolveu que os judeus não seriam êxules de seu reino, senão tornar-se-íam cristãos todos eles, buscando ganhar a admiração de Fernando e Isabel.

Destes, Don Jesurun de Oliveira chegara à Holanda, logrando sair de Madeira; a maior parte desta família, porém, chegou à América do Sul, especialmente Brasil, onde continuaram a viver como criptojudeus.


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