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01 Moisés, nosso Mestre, decretara para
[o povo de] Israel que leia-se a Torá em público
nos dias de chabat, nas segundas e nas quintas, para que
não permaneçam sem ouvir a Torá por
três dias [seguidos].
Ezrá decretou que fosse lida em
minĥá;
a cada chabat, por causa dos
iochvê qeranôt, e também decretara que
na leitura feita nas segundas e quintas fossem chamados três pessoas,
e que não se lesse menos que dez versos.
02 São estes os dias nos quais lê-se a Torá em público:
em
chabatôt, nos
mo'adim, nos
rachê ĥodachim
, nos jejuns [públicos].
em
ĥanucá e em
purim,
e nas segundas e quintas de toda semana. Não se lê o
complemento nos livros dos profetas a não ser em
chabatôt e em
iamim tovim,
em
iom kipur e em
tich'a beav.
03 Não se pode ler a Torá em público menor que
dez pessoas
maiores e livres. Não lê-se menos que dez versos, e
"Vaiedaber..." é contado [como versículo para o complemento dos dez].
Não lêem menos que três pessoas,
nem começam nenhuma
"parachá" com menos que três versos, nem deixam [sem serem lidos] na parachá menos que três versos,
e não leia o
leitor [da Torá] menos que três versos
04 Ao lerem três pessoas dez versos,
leiam dois três veros,
e um, quatro. Seja o primeiro a ler,
o mediano ou o último:
[este procedimento do público]
é louvável.
05 Cada um dos leitores abre um sêfer Torá
e olha o local onde deve ler, e após isto diz:
"Barekhu et-Adonai ha-Mevorakh!",
ao que todo o povo responde:
"Barukh Adonai ha-Mevorakh le'olam va'ed!"
e volta [o que lerá a Torá] e bendiz:
"Barukh Atá Adonai,
Elohênu Mêlekh ha-'Olam,
acher baĥar bánu mikol ha-'amim
venatán lánu et Toratô!
Barukh Atá Adonai, notén ha-Torá!"
,
após o que lê atê completar sua [designada] leitura.
Então enrola o sêfer Torá [fechando-o], e bendiz:
"Barukh Atá Adonai,
Elohênu Mêlekh ha-'Olam,
acher natan lánu Torat Emet,
ĥaiê 'olam nat'á betokhênu!
Barukh Atá Adonai, notén ha-Torá!"
áÌÈøÀëåÌ àÆú éÀäåÈä äÇîÌÀáåÉøÈê!
áÌÈøåÌêÀ àÇúÌÈä éÀäåÈä, àÁìÉäÅéðåÌ îÆìÆêÀ äÈòåÉìÈí, àÂùÑÆø ðÈúÇï ìÈðåÌ úÌåÉøÈú àÁîÆú, çÇéÌÅé òåÉìÈí ðÈèÀòÈäÌ áÌÀúåÉëÅðåÌ-- áÌÈøåÌêÀ àÇúÌÈä éÀäåÈä. ðåÉúÅï äÇúÌåÉøÈä!
07 A pessoa que vai ler não tem permissão de ler,
enquanto
o maioral dentre o público não diga-lhe que leia.
Nem mesmo o
ĥazan ou o o líder da sinagoga
Não pode ler por decisão própria,
senão após
conceder-lhe permissão o público,
ou o maioral dentre o povo.
É necessário que alguém ponha-se de pé
consigo durante sua leitura, assim como o
ĥazan procede para com os leitores.
08 O leitor pode omitir trechos de um lugar para outro,
em tratando-se de um mesmo assunto, como por exemplo
em "Aĥarê môt" - Lv 16:1 -
e "Akh be'assôr" - Lv 23:27 - que acham-se na porção
"Emor el ha-cohanim". Isto, desde que não declame de cor,
pois é proibido recitar versos que não seja por leitura direta do escrito,
mesmo uma única palavra. Não pode pausar no omitir trechos,
senão o tempo que leva o
tradutor
para traduzir o verso [anteriormente proferido].
09 Havendo principiado o leitor a leitura da Torá,
está proibido conversar mesmo acerca
de assuntos concernentes á
halakhá,
devendo todos estar em silêncio e ouvir,
dando atenção ao que lê o leitor,
pelo que está escrito: "...e os ouvidos de todo
o povo estavam atentos ao sêfer Torá." - Ne 8:3.
E é proibido sair do meio do público no momento
em que o leitor executa a leitura, mas é permitido sair
entre um leitor e outro. Quem se ocupa [do estudo]
da Torá permanentemente, sendo a Torá sua
profissão
, é-lhe permitido ocupar-se do estudo da Torá durante a leitura.
10 Desde os dias de
'Ezrá promulgara-se o
costume de que haja um tradutor traduzindo ao povo o que o leitor lê,
para que entenda o povo a que concernem os pormenores [lidos].
Quanto ao leitor, este lê um único verso,
e cala-se até que o tradutor traduza,
e prossegue após a tradução a leitura do verso seguinte.
O leitor não tem permissão de ler para
o tradutor mais que um único verso.
11 O leitor não é permitido de elevar sua voz mais que a do tradutor,
nem tampouco o tradutor pode levantar sua voz mais alto que a do leitor.
O tradutor não pode [começar a] traduzir,
enquanto não terminar o leitor a leitura do verso.
O tradutor não pode apoiar-se nem na coluna e nem no leitor,
senão deve estar de pé com temor e respeito.
E nem deve traduzir diretamente do escrito, senão de cor.
Não pode o leitor auxiliar ao tradutor, para que não digam
que a tradução [do texto] está transcrita na Torá.
Um pequeno (menor de treze anos, a maioridade hebraica) pode traduzir
ajudado por um maior (de idade), mas não é honroso para um
maior [de idade] que seja ajudado por menor.Não devem ser os tradutores
dois isocronamente, senão um [único] leitor
e um [único] tradutor.
12 Nem todos os versos são traduzidos em público. O caso de
Reuven, a bênção sacerdotal
("bircat cohanim"), e o caso do
bezerro, desde: "Disse Moisês a Aaron..." - Ex 32:21 -
até: "Viu Moisés o povo..." - Ex 32:25. E, ainda um verso:
"Feriu com epidemia Adonai ao povo..." - Ex 32:35 - são lidos, e não traduzidos.
O caso de Amnon, onde está escrito
"Amnon ben-David" - 2Sm 13:1,
não se lê nem se traduz.
13 O
Maftir
no profeta é preciso que leia na Torá anteriormente
pelo menos três versos, voltando a ler o que foi lido pelo
leitor que o antecipara, e não pode principiar a leitura do profeta
enquanto não enrolar o sêfer Torá [fechando-o].
Não pode ler [o maftir] menos que vinte e um versos, mas
se completou o assunto da leitura com menos que isto, não
é necessário [que leia tudo isto]. Caso haja lido dez
versos, e traduzira o tradutor, é suficiente,
mesmo sem completar o assunto [da leitura].
Quanto à leitura do profeta, uma pessoa lê,
e até mesmo dois podem traduzir. E, pode saltar de um
assunto para outro [diferente], mas de um profeta para outro não,
senão unicamente nos profetas dos
doze [livros] unicamente;
e isto, desde que não seja do fim do livro para o princípio.
Quanto ao que omite trechos, não o faça, senão o tempo
necessário para que o tradutor complete a tradução
[do verso anteriormente lido].
14 O maftir ao ler o [trecho designado no livro do] profeta,
pode ler para o tradutor [até] três versos [de uma vez],
e o tradutor pode traduzir três versículos
um após outro seguidamente. Caso sejam os três versos
três porções [distintas], não leia para o tradutor
senão verso por verso.
15 O maftir bendiz antes [de principiar sua leitura] uma bênção:
"Barukh Atá Adonai, Elohênu Mêlekh ha-'Olam,
acher baĥar bineviim tovim!..."
e bendiz após a leitura quatro bênçãos:
a primeira, sela com as palavras
"...Ha-El ha-Neeman bekhol devarav!",
a segunda, com as palavras
"...Bonê Ieruchaláim!",
a terceira,
"...Magen David!",
e a quarta, de acordo com a santidade do dia. Assim, caso caia roch ĥôdech
em chabat, deve lembrar o
roch ĥôdech nesta bênção,
selando-a
"...Meqadech Israel, veha-chabat verachê ĥodachim!"
16 Quantos são os leitores? - no chabat, pelo amanhecer -
lêem sete pessoas. Em
iom ha-kipurim, seis. Nos dias
festivos, cinco. Não pode-se diminuir desses números,
mas pode-se aumentar. Em rachê ĥodachim e em
ĥol ha-mo'ed, lêem quatro.
Em chabat e em iom ha-kipurim,
na oração vespertina (minĥá),
nos dias de segunda e quinta de cada semana
e em
ĥanucá e purim - três.
Sobre este número não se pode aumentar
ou diminuir.
17 Mulheres não podem ler em público
devido à honra do público.
Menor que saiba ler e sabe para Quem se dirige as
bênçãos, pode
ser contado no número dos
leitores [acrescentados aos números
nos dias quando pode-se aumentar os leitores].
Assim também o "maftir", é contado entre
os acrescentados, pois também lê na Torá.
Se, porém, o chaliaĥ tsibur
interrompera com o recitar do qadich entre o último
leitor e o maftir, este não pode ser contado
entre os acrescidos. Público no qual não
haja senão um único que saiba ler,
suba este mesmo e leia,
desça e sente-se, volte e leia em lugar do segundo e do terceiro,
até completar todo o número de pessoas que deveriam ler naquele dia.
18 Em todas estas leituras, o
cohen lê primeiro, após ele
um levi, depois do qual um
israel.
O costume generalizado em nossos dias é que um
cohen,
mesmo sendo leigo em conhecimento da Torá,
antecipa a [todo e qualquer] grande erudito. E,
todo o que for maior em conhecimento [da Torá]
é precedido na leitura; quanto ao último leitor,
que enrola o sêfer Torá,
recebe ele o estipêndio de todos.
Por isto, sobe ele à Torá como consumador
[da leitura], mesmo que seja o maioral
[em sapiênscia de Torá]
dentre o público.
19 Em caso de não haver um cohen,
deve subir um israel, e não suba no lugar do cohen
um levi de modo nenhum. Caso não haja levi,
o cohen que leu em primeiro lugar torna a ler
segunda vez em lugar do levi. Todavia,
não leia após ele outro cohen,
para que não digam que por ser o primeiro
passul, subiu outro cohen. Do mesmo modo,
não suba um levita após outro,
para que não diga o povo que um deles é passul.
20 Qual a ordem da leitura da Torá
na oração [pública]? -
em dias nos quais haja a oração
mussaf, o chaliaĥ tsibur recita o qadich
ao completar a oração
matutina e retira um sêfer Torá
e chama pessoas dentre o público de um em um,
e estes sobem e lêem na Torá
[a porção que se lhes cabe].
Ao término, devolve [o chaliaĥ tsibur]
o sêfer Torá para seu lugar, e recita
[novamente] o qadich, e rezam a oração
[chamada] mussaf. Nos dias nos quais há maftir e mussaf,
costumaram dizer o qadich antes do maftir,
e outros lugares há nos quais
costumaram dizer o qadich após o maftir
21 Em
minĥá de chabat e de
iom kipur,
após culminar o chaliaĥ tsibur a recitação do salmo
"Tehilá le-David" - Sl 145 - e o
"sêder ha-iom",
recita o qadich e tira um sêfer Torá, lêem nele
[os chamados] e o devolve, [depois] recita o qadich e rezam minĥá.
Também nos jejuns públicos, lê-se em minĥá.
Outrossim, em
iom tov não há
costume de ler em minĥá.
22 Dias nos quais não haja mussaf, ao completar a reza
chaĥarit recita-se o qadich e tira-se um sêfer Torá,
lêem e devolvem a seu lugar, após o que recita-se
"Tehilá le-David" (Sl 145) e o "sêder ha-iom",
conforme se faz todos os dias.
Depois recita-se o qadich, e todo o povo despede-se.
23 Não pode-se ler [a leitura pública da Torá]
em
ĥumachim nas sinagogas,
por causa da honra do público.
Não
enrola-se sêfer Torá em público,
para não importunar ao público, que não
os importune obrigando-os a estar de
pé até que termine de enrolar.
Portanto, em caso de necessidade de lerem dois assuntos distintos,
devem tirar dois rolos de Torá. E, não leia um leitor
um único assunto em dois rolos,
para que não digam que o primeiro rolo estava
inapto
åëì äòí òåðéí: áÌÈøåÌêÀ éÀäåÈä äÇîÌÀáåÉøÈêÀ ìÀòåÉìÈí åÈòÆã!
áÌÈøåÌêÀ àÇúÌÈä éÀäåÈä, àÁìÉäÅéðåÌ îÆìÆêÀ äÈòåÉìÈí, àÂùÑÆø áÌÈçÇø áÌÈðåÌ îÄëÌÈì äÈòÇîÌÄéí åÀðÈúÇï ìÈðåÌ àÆú úÌåÉøÈúåÉ-- áÌÈøåÌêÀ àÇúÌÈä éÀäåÈä. ðåÉúÅï äÇúÌåÉøÈä!
24 Todo o que enrola o sêfer Torá, fá-lo-á por seu exterior, e ao apertá-lo, fá-lo-á de seu interior. É necessário que seja colocado de pé [ao ser guardado]. Local no qual tiram um sêfer Torá depois que lêm nele e transferem-no para outra casa para escondê-lo, não pode o público deixar o recinto enquanto não sair o sêfer Torá, acompanham-no pondo-se atrás dele [seguindo-o, e não postergando-o], até o lugar onde ocultam-no. (*)
[Sobre as caixas dos judeus dos países árabes, enfeitadas, ver asterisco.]
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