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01 Como se escreve mezuzá? - escreve duas parchiôt - "Chemá" (Dt 6:4-9) e "Vehaiá im chamô'a" (Dt 11:13-21) sobre uma página de pergaminho, em uma única folha, deixando acima e abaixo espaço vazio como metade de uma unha. Se, porém, escrever em duas ou três páginas, é kecherá, contanto que não a escreva em forma de cauda, ou arredondada, ou como um cubo. Se fizer nestas formas, é pessulá.
02 Se escrever contra a ordem, por exemplo, antecipando a parachá posterior à anterior, é pessulá. Se escrever em duas peles, mesmo se costurar uma à outra, é pessulá. Sêfer Torá envelhecido, ou tefilin envelhecidos, não pode-se fazer deles mezuzá, nem tampouco do lado posterior do sêfer Torá; não pode-se escrever nele mezuzá, por não ser permitido diminuir de uma santidade elevada para uma mais leve.
03 É preceito que se deixe espaço entre a parachá "Chemá'" e a parachá "Vehaiá im chamô'a", por ser "parachá setumá". Porém, se fê-la "[parachá] petuĥá", é kecherá, por não ser [a outra parachá] junto a ela, segundo a Torá. E é necessário que se tome cuidado em pertinência aos "tagin" que dela, e são estes os "tagin" a serem feitos na mezuzá:
04
Na primeira parachá há sete letras, que em cada uma delas,
três "zeinin". São elas: "chin" e "'ain" da palavra "chemá'"
(Dt 6:4), "nun" da palavra "nafchekhá" (Dt 6:5), as duas "zeinin" da palavra
"mezuzôt" (Dt 6:9), e os dois "tetin" de "totafôt" (Dt 6:8).
Na segunda parachá, seis letras que em cada uma delas há três
"zeinin": "gimal" de "deghanêkha" (Dt 11:14),
as duas "zeinin" de "mezuzôt" (Dt 11:20),
as duas "tetin" de "totafôt" (Dt 11:14), e "tsadi" de "ha-árets" (Dt Dt 11:21).
Se não fizer os "tagin", ou aumentar, ou diminuir deles, não torna com este
feitio invâlida a mezuzá. Se escrever a mezuzá sem
"sirtut",
ou não tiver cuidado com as palavras plenas ou com as faltas, ou aumentara sobre
elas em seu interior (palavra ou letra), esta é inválida.
05
É costume comum escrever sobre a mezuzá em seu lado exterior
sobre o local onde por dentro é o espaço vazio entre uma parachá
e outra, "Chadái", e não há nisto prejuízo
[para a validade da mezuzá], por estar por fora.
Quanto aos que escrevem em seu interior nomes de anjos, ou nomes sagrados,
ou versículos, ou estampa, são da classe de pessoas
que não têm galardão no mundo porvir, pois estes estultos
não só invalidam o preceito, senão transformam um
grandioso preceito, que trata da unicidade do Nome do Santo, Bendito é Ele,
e do amá-lo e serví-lo, fazendo-a como se fosse um talismã para
si próprios, conforme pensam em seu coração estúpido,
que isto é algo para proveito das coisas vãs do mundo.
06 É preceito que se escreva as palavras "'al ha-árets" (Dt 11:21)
na última linha, no princípio ou na metade da linha.
Os escribas em geral costumam escrever a mezuzá com vinte e duas linhas,
colocando "'al ha-'árets" no princípio da última linha.
07 São estas as palavras que ficam no princípio de cada linha, segundo a ordem: "Chemaá'", "Adonai", "ha-devarim", "levanekha", "uvchokhbekhá", "ben", "vehaiá", "mitsvá", "bekhol", "iorê", "êssev", "pen", "vehichtaĥavitem", "ha-chamáim", "vaavadtem", "vessamtem", "otam", "otam", "badêrekh", "uviche'arêkha", "acher", "'al ha-árets".
08
Ao enrolar a mezuzá, deve-se fazê-lo do fim
das linhas para seu princípio, para que possa deparar-se
o leitor ao abrí-la lendo já desde o princípio da
linha até seu fim. Depois de enrolar, deve metê-la em
um invólucro de junco ou de madeira, ou de qualquer outra coisa,
juntando-a à umbreira da porta com pregos, ou abrindo um
encaixe na umbreira e colocando-a ali.
09 Antes de colocar a mezuzá, bendiz-se antes:
"Barukh Atá Adonai, Elohênu Mêlekh ha-'Olam,
acher qidechánu bemitsvotav, vetsivánu liqbô'a mezuzá!"
Não se bendiz ao escrevê-la, pois o preceito é sua colocação.
10 Se pendurar a mezuzá em um bastão, é inválida, porquê não é colocação. Se colocar por trás da porta, não fez nada [relativo ao cumprimento do preceito]. Se cavar na umbreira da porta e colocar a mezuzá como artifício de carpintaria, que é como encaixe de tábuas em argolas, está inválida. Se aprofundar um têfaĥ [para colocá-la na umbreira] é inválida. Se cortar um junco e nele introduzí-la, e juntar o junco a outros juncos, fazendo-os todos assim a [própria] umbreira, será inválida, pois estará adiantando a colocação da mezuzá ao feitio da umbreira.
11 A mezuzá da pessoa particular deve ser verificada duas vezes por semana. A do público, duas vezes a cada cinquenta anos, pois pode ser que alguma letra pode haver sido recortada dela, ou apagada. Por estar colocada nas muralhas, [a pele] deteriora-se.
12 Todos são obrigados a cumprir o preceito de mezuzá, mesmo mulheres e escravos. Aos meninos, ensina-se a fazer mezuzá para seus aposentos. Alguém que haja feito o aluguel de uma casa no exterior da Terra de Israel, e o que vive em um hotel na Terra de Israel, está isento de cumprir o preceito da mezuzá durante trinta dias. Quanto ao que alugar uma casa na Terra de Israel, é obrigado imediatamente.
13 Em caso de alguém alugar uma casa para outra pessoa, o que se faz inquilino deve trazer a mezuzá e colocá-la, mesmo que tenha que pagar para que esta seja colocada. [Isto,] devido a ser a mezuzá obrigação do morador, e não obrigação da casa. Ao sair [com o término do período do aluguel], não tire-a por sua própria mão e leve-a. Se, porém, o futuro morador um gentio, pode tirar quando sair.
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