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01 Em chaĥarit, em mussaf e na ne'ilá, os cohanim levantam suas mãos, mas em minĥá, não, pois ao horário de minĥá já efetuara todo o povo sua refeição, e pode ser que os cohanim hajam tomado vinho, e o embriagado está proibido de fazer "nessiát capáim". Mesmo em oração minĥá de jejum não se faz, por gezerá concernente à minĥá de todo [outro] dia [qualquer].
02 Em que caso? - em caso de jejuns nos quais rezam-se minĥá e ne'ilá, como o jejum de kipur, ou o jejum público. Mas jejum no qual não haja ne'ilá, como tichá beav e chiv'á 'assar betamuz. Por ser a oração minĥá desses dias próxima do crepúsculo, assemelha-se com ne'ilá, e não pode ser confundida com a minĥá todos os dias. Portanto, há nelas nessiat capáim. Quanto ao cohen que transgrida [o decreto] e suba ao dukhan em minĥá de iom kipur, por ser sabido que não há embriaguez, este pode efetuar nessiat capáim, e não fazem-no descer do dukhan por causa da desconfiança do público, que não digam: "-Ele é passul, por isto obrigaram-no a descer [do dukhan]!".
03 Como se faz nessiat capáim nos "gevulim"? - No momento em que chega o oficiante da ordem da plegaria pública à bênção chamada "retsê", todos os cohanim que encontram-se na sinagoga saem de seu lugar, e dirigem-se ao dukhan. Ali, põem-se de pé, com suas faces para o hekhal e suas costas voltadas para o povo, e seus dedos devem estar dobrados para dentro de suas palmas, até que complete o chalíaĥ tsibur a [recitação da] hodaiá. [Então,] voltam seus rostos em direção ao público, estendem seus dedos e elevam suas mãos acima da altura de seus ombros, e principiam: "Ievarekhekhá..." (Nm 6:24), e o chalíaĥ tsibur lê para eles palavra por palavra, e eles repetem, como está escrito: "Emor lahem:..." (Nm 6:23), até completar o primeiro verso, e o povo responde após eles: "Amén!" , após o que torna o chalíaĥ tsibur e lê-lhes o segundo verso palavra por palavra, e eles respondem [recitando após ele], até completar o segundo verso, e todo o povo responde: "Amén!". E, assim o terceiro verso.
04 Ao completar os três versos os cohanim, começa o chalíaĥ tsibur o recitar da última bênção da oração, que é "Sim chalom...", e os cohanim voltam seus rostos em direção ao qôdech, e depois fecham novamente seus dedos, permanecendo de pé ali no dukhan, até terminar o chalíaĥ tsibur a recitação da bênção, e [só] então retornam a seus lugares.
05 Não há permissão para o que lê para os cohanim que o faça antes que se desfaça o "amén!" da boca do povo, nem os cohanim estão permitidos de empeçar a bênção, até o término da voz [que provém] da boca do que lê, nem tampouco o que lê pode começar outra bênção. O chalíaĥ tsibur não está permitido de responder "amén!" como os demais para que não se atrapalhe, e não saiba qual a bênção que lê para eles, se segundo ou terceiro verso.
06 Os cohanim não têm permissão de voltar a face do povo, enquanto não principiar o chalíaĥ tsibur a recitação de "Sim Chalom...", nem são permitidos de fechar seus dedos, até voltarem suas faces da direção do povo. Um dos decretos de Raban Ioĥanan ben-Zacai é que não subam os cohanim ao dukhan calçados com suas sandálias, senão descalços
07 Ao abençoarem os cohanim o povo, não devem olhá-los, nem desviem seu pensamento [da bênção que proferem], senão estejam seus olhos em direção ao chão, como a pessoa que encontra-se de pé em oração. Ninguém tem permissão de olhar o rosto dos cohanim no momento em que bendigam, para não desviar sua concentração. Todo o povo deve ter em mente o ouvir da bênção, direcionando suas faces na direção; dos cohanim, sem olhar em suas faces.
08 No caso de ser apenas um cohen a abençoar o povo, principia por si mesmo, e o chalíaĥ tsibur lê para ele [a continuação] palavra por palavra. Se dois cohanim ou mais, não podem começar a abençoar até que diga o chalíĥ tsibur: "Cohanim!". Então respondem, dizendo: "Ievarêkhekha;..." (Nm 6:24), e [o chalíaĥ tsibur lê para eles [a continuação] palavra por palavra por ordem, conforme dissemos.
09 Como é [que se efetua] a bircat cohanim no Templo? - Os cohanim sobem ao dukhan após completar o serviço diário matutino, levantam seus braços acima de suas cabeças com seus dedos estendidos, exceto o cohen gadol, que não eleva suas mãos acima do "tsits". Uma pessoa lê para eles palavra por palavra, assim como nos "gevulim", até completarem os três versos. O povo não responde "amén!" após cada verso, senão fazem-nos todos uma única bênção [respondendo apenas ao final de todos os três]. Ao completarem, o povo todo [responde em uníssono]: "Barukh Adonai Elohê Israel, min ha-'Olam ve'ad ha'Olam!"
10 E profere [o Cohen Gadol] o Nome de Deus conforme suas letras, que é o que se pronuncia das letras iod - hê-vau-hê. Nos demais lugares, dizem-no simplesmente pelo denominativo, que é alef-dalet-nun-iod (*) Mas, desde que morreu Chime'on ha-Tsadiq, deixaram os cohanim de abençoar com o Nome Explícito mesmo no Templo, para evitar que aprendessem sua pronúncia pessoas inconvenientes. Não ensinavam os Sábios da antiguidade a seus discípulos e filhos convenientes [por bom seu proceder] senão uma vez a cada sete anos. Tudo isso, devido à grandeza do Nome Glorioso e Temível .
11 Bircat cohanim não pode ser dita em todo lugar a não ser no idioma sagrado, pelo que está escrito: "Assim abençoareis os filhos de Israel..." - Nm 6:23 - Assim ensinaram os ouvintes da "chemu'á" de Mochê Rabênu: "Assim abençoareis..." de pé; "Assim abençoareis..." - com elevação de mãos; "Assim abençoareis..." - no idioma sagrado; "Assim abençoareis..." - faces perante faces; "Assim abençoareis..." - em voz alta; "Assim abençoareis..." - com o Nome Explícito, e isto no Templo, conforme explicamos.
12 Não têm os cohanim permissão de acrescentar bênção alguma sobre os três versos, como por exemplo: "Adonai vosso Deus aumente sobre vós como vós mil vezes!" - Dt 1:11 - ou similar, nem em voz alta, nem em sussurro, pelo que está escrito: "Não aumentareis à palavra..." - Dt 4:2. No momento em que o cohen sobe ao dukhan, quando move seus pés para subir, diz: "Seja desígnio perante Ti, Adonai nosso Deus, que seja esta bênção que nos ordenaste a abençoar a Teu povo Israel uma bênção plena, sem que haja nela tropeço ou iniquidade, desde agora para a eternidade!" E, antes de voltar sua face para o povo, bendiz: "Barukh Atá Adonai, Elohênu Mêlekh ha-'Olam, ache qidechánu biqeduchatô chel Aharon, vetsivánu levarekh et-'amô Israel, beahavá!" Após isto, volta sua face para o público, e começa a abençoá-lo. Ao retirar sua face do povo, depois de completar a bênção, diz: "Fizemos conforme decrestaste sobre nós; faz conosco conforme nos prometeste: "Olha desde a Tua santa habitação, desde o céu, e abençoa a teu povo, a Israel...!" " - Dt 26:15.
13 Ao voltarem os cohanim suas faces para o público para abençoá-lo, não o façam senão pela direita, em todo lugar. Ao voltarem suas faces de diante do povo, não voltem, senão pela direita. Da mesma forma, toda direção para a qual se direcionar a pessoa, não seja senão pela direita.
14 No Templo, os cohanim abençôam uma vez por dia, após o sacrifício matutino. Vêm e param nos degraus do Santuário, e abençôam, conforme dissemos. Quanto aos demais lugares, abençôam em todas as orações, com exceção da oração vespertina, como dissemos. Em todo caso, procura-se fazer que seja o que lê para eles israel, porquanto está escrito: "Dize-lhes..." - Nm 6:23 - significando que o que lê para os cohanim não é do meio deles.
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